Conheça os tipos de lesões mais comuns e como tratá-las

Sempre ouvimos falar sobre as diferentes lesões ortopédicas que acometem os atletas: torções, fraturas ou estiramentos. Mas eles não são os únicos que podem se lesionar. Essas lesões são comuns e podem surgir durante atividades normais do nosso cotidiano, como durante uma corrida, ao subir escadas ou descer do ônibus.

É difícil conhecer alguém que nunca tenha se lesionado, mesmo que minimamente, durante o exercício físico ou outra atividade. Por isso, é importante conhecer um pouco mais sobre os tipos de lesões mais comuns e seus tratamentos.

Acompanhe o post!

Distensão muscular

A distensão muscular acontece quando um músculo ou o tendão que o prende ao osso é muito esticado ou submetido a um esforço excessivo, o que causa um rompimento de fibras musculares. Surge um hematoma e inflamação local.

A distensão pode ser aguda, quando ocorre devido a esforço excessivo para levantar um objeto ou fazer algum exercício; e crônica, quando é causada por movimentos repetitivos prolongados, que é mais comum em atletas.

Os sintomas são: dor local, hematoma, inchaço e dificuldade de movimentar o membro. Por sua vez, o tratamento é baseado em:

• repouso do membro afetado;
• compressas de gelo ou bolsa térmica;
• elevação do membro; e
• uso de analgésicos e anti-inflamatórios.

Luxação

A luxação acontece quando há uma separação de dois ossos que normalmente estão ligados por uma articulação. É um deslocamento repentino, que pode ser parcial ou completo, e pode interferir no suprimento sanguíneo das estruturas em volta (ligamentos, cartilagem).

Essa lesão pode ser causada por traumas, quedas, fraturas e doenças crônicas que causam "frouxidão" dos ligamentos.

O tratamento é feito por meio da redução da articulação, que significa a recolocação do osso no lugar sob anestesia ou sedação. Após esse procedimento, a articulação é enfaixada e imobilizada para permitir a cicatrização e o paciente faz uso de anti-inflamatórios e analgésicos.

Fratura óssea

Na fratura óssea, há uma perda da continuidade do osso, e ele se separa em dois ou mais fragmentos. Geralmente, são causadas por traumatismos (quedas, acidentes ou pancadas). Elas podem ser mínimas e nem serem percebidas pela pessoa, ou extensas e graves, necessitando de intervenção imediata.

As etapas do tratamento da fratura óssea são:

• recolocação do osso no lugar, quando necessário;
• imobilização do membro para permitir a cicatrização (com tala gessada ou suporte com ligaduras elásticas); e
• uso de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos em alguns casos.

Em alguns casos mais complicados, a cirurgia é necessária.

Estiramento ligamentar

As torções, pressões excessivas e quedas podem causar estiramento ou rompimento dos ligamentos do joelho, pulso, tornozelo ou ombro. Na hora da lesão, pode ser escutado um estalo característico. O estiramento é acompanhado de dor local e inchaço.

Dependendo do local e do grau da lesão, pode ser necessária cirurgia para correção. Em casos mais leves, o tratamento inclui:

• aplicação local de gelo ou bolsa térmica;
• sessões de fisioterapia;
• uso de talas, muletas ou tornozeleiras;
• uso de analgésicos e anti-inflamatórios; e
• infiltração (aplicação direta na articulação de corticoides ou analgésicos).

Entorse

A entorse, também chamada de torção, é a lesão traumática da articulação que envolve alongamento, arrancamento ou rompimento dos ligamentos e demais estruturas que sustentam a articulação, porém sem deslocamento dos ossos e estruturas.

Ela pode ocorrer devido a movimentos bruscos ou má colocação do pé. Os principais sintomas são o inchaço e dor intensa que ocorrem logo após o acontecimento.

O tratamento inclui:

• uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
• repouso da articulação lesionada com o membro elevado;
• compressa de gelo local ou bolsa térmica; e
• imobilização prolongada em alguns casos.

As lesões ortopédicas são mais comuns do que imaginamos e podem afetar as pessoas de todas as idades. É importante se informar sobre os tipos de lesões mais comuns, para se prevenir, e sempre procurar um médico ortopedista, se elas ocorrerem.

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