Distensão muscular: saiba o que é, causas e formas de tratamento
A distensão muscular é um problema que afeta frequentemente os praticantes de esportes, mas o incômodo não se restringe aos atletas. Isso porque se trata de uma lesão que pode incomodar a vida de diversas pessoas durante a realização das atividades rotineiras.
Desta forma, é comum que alguns indivíduos adquiram uma distensão muscular durante a subida de uma escada ou o levantamento de determinado objeto, por exemplo. Até mesmo uma simples caminhada pode acarretar nesse tipo de lesão.
O problema provoca aquela famosa sensação de fisgada no músculo, causando muito desconforto na região lesionada. Entre os incômodos mais comuns está a fraqueza no músculo, a intensa dor muscular e a dificuldade de movimentação do local afetado. Em geral, a distensão muscular impossibilita a prática das atividades físicas e a realização de diversas tarefas habituais do dia a dia.
Distensão muscular: o que é?
A distensão muscular também é conhecida como estiramento. Esse problema ocorre após a realização de um grande esforço no tendão ou no músculo esquelético.
O tendão é um cordão de tecido conjuntivo que realiza a ligação das extremidades dos músculos com os ossos. Já o músculo esquelético pode ser descrito como o tecido que possibilita a movimentação das diferentes regiões do corpo. A distensão muscular afeta diretamente as fibras, que sofrem um processo de ruptura. Os vasos sanguíneos também podem ser impactados.
Após o surgimento da lesão, ocorre o processo de inflamação provocado pela migração das células do sangue. Por esse motivo, é comum a sensação de dor. Também é possível observar a presença de inchaço e hematoma, além do calor persistente na região afetada.
Esse tipo de lesão requer muita atenção, demandando alguns cuidados especiais no intuito de amenizar os incômodos provocados.
Tipos de distensão muscular
A distensão muscular, independente da origem, se divide em dois tipos: a aguda e a crônica.
A aguda é considerada mais comum. No geral, ocorre quando os músculos e os tendões realizam uma contração de forma repentina, com muita intensidade e força.
Entre os exemplos mais frequentes estão as típicas contusões na coluna, que ocorrem mediante ao levantamento ligeiro de um objeto pesado. Nesses casos, o surgimento da distensão muscular acontece imediatamente, causando a sensação de fisgada no músculo que indica a presença da lesão.
Já a distensão muscular crônica se desencadeia com lentidão. Na maioria das vezes, é resultado de atividades repetitivas e praticadas em longo prazo, especialmente em exercícios físicos que trabalham a musculatura da mesma região, como os jogos de futebol e as competições de corrida.
Com base nisso, é comum que muitas pessoas após sofrerem a distensão muscular, compreendam que as práticas das atividades físicas estavam ocorrendo de maneira acentuada ou errada. Por esse motivo, é fundamental o acompanhamento de um profissional do setor de educação física. Ele saberá indicar as melhores formas de praticar as atividades esportivas.
Quais são os graus de distensão muscular?
A distensão muscular pode ser classificada em três graus diferentes. São eles:
Grau I
O grau I é considerado o mais leve, sendo caracterizado pela ruptura de pouca quantidade de fibras. O volume está abaixo de 5% do total do músculo da região. Nessas circunstâncias, a dor permanece localizada e ocorre o surgimento da contração muscular.
Os sintomas tendem a desaparecer mediante a um repouso. Os danos são poucos e o processo de recuperação tende a ser rápido.
Grau II
A distensão de grau II é descrita como moderada. A quantidade de fibras impactadas é mais elevada, atingindo uma variável que gira em torno de 5% a 50% do músculo.
Nesses casos, os sintomas são mais intensos e o processo de recuperação é um pouco mais demorado.
Grau III
O estiramento de grau III é percebido como a ruptura total do músculo ou de uma parte considerável dele. O volume está em 50% ou mais. Por essa razão, os sintomas são bastante intensos e visíveis, resultando na perda da função.
Quais são as principais causas?
A principal causa da distensão muscular encontra-se no esforço exagerado para a realização de uma contração no músculo. Entre os problemas mais comuns estão:
• Fadiga muscular;
• Movimentos bruscos;
• Equipamento de treino inadequado;
• Jogos de futebol, vôlei, corridas ou outros tipos de atividades esportivas.
Ao praticar uma atividade física é importante ter atenção em relação a todos os movimentos executados.
O surgimento de lesões decorrentes de um processo de sobrecarga é frequente. Dessa forma, algumas pessoas tendem a sobrecarregar um lado saudável do corpo no intuito de poupar uma região dolorida.
Esse processo é muito arriscado, pois o esforço em apenas um dos lados, seja nos membros superiores ou inferiores, submete a região do corpo à uma carga maior do que a suportada. Na maioria das vezes, o resultado é uma distensão muscular que poderia ter sido evitada mediante alguns cuidados.
Como o tratamento é realizado?
Para realizar o tratamento adequado o médico avaliará as reclamações do paciente, podendo indicar exames de radiografia, eletromiograma, ressonância magnética ou ultrassonografia.
Geralmente, o tratamento é realizado por um ortopedista ou um fisioterapeuta. Na maioria das vezes, o próprio organismo recupera as fibras musculares, mas alguns cuidados podem ajudar no processo de recuperação, como:
• Imobilizar o local para conter o sangramento interno e o inchaço;
• Aplicação de pomadas com ações anestésicas no local afetado;
• Ingestão de anti-inflamatórios e analgésicos para reduzir a inflamação e a dor;
• Manter o repouso da região lesionada;
• Aplicação de gelo a cada duas horas para diminuir o inchaço e a sensação de dor.
É muito importante utilizar esses recursos durante as primeiras 48h após sofrer a distensão muscular. Dependendo da gravidade, algumas sessões de fisioterapia também podem ser recomendadas.
A duração do tratamento levará em consideração o grau de estiramento apresentado pelo paciente. Em casos de distensão do grau III, é comum a realização de procedimentos cirúrgicos para reverter à lesão. Nesses casos, o processo de recuperação pode ser acelerado. Por isso, é muito indicado para atletas de alto rendimento que concorrem em competições.
Entretanto, esse tipo de cirurgia também é comum em casos de dores persistentes por mais de quatro meses ou para a reversão de hematomas intramusculares, principalmente quando os sintomas incluem a limitação dos movimentos.
Agora você já sabe como se prevenir da distensão muscular. Gostou das informações? Aproveite e leia também "Bursite no ombro: o que é e quais os seus tratamentos?".